Programa tem como meta retirar 16 milhões de brasileiros da situação de pobreza extrema. O foco será capacitar as pessoas para que possam ter seu próprio sustento, sem depender de programas governamentais
REDAÇÃO ÉPOCA, COM AGÊNCIA BRASIL

ERRADICAÇÃO DA MISÉRIA A presidente Dilma Rousseff, durante o lançamento oficial do Plano Brasil sem Miséria, que pretende tirar 16 milhões da pobreza.
A presidente Dilma Rousseff lançou nesta quinta-feira (2) o Plano Brasil sem Miséria, que pretende retirar 16 milhões de pessoas da extrema pobreza até 2014. Uma das principais promessas da presidente, o Brasil sem Miséria pretende elevar a renda familiar per capita das famílias que vivem com até R$ 70 por mês e ampliar o acesso aos serviços públicos, às ações de cidadania e às oportunidades geradas por políticas e projetos públicos.
O foco do programa será capacitar as pessoas para que possam ter seu próprio sustento, sem depender de programas governamentais. O governo nega que o programa tenha a finalidade de corrigir falhas no Bolsa Família, maior programa de transferência de renda governamental, iniciado na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Uma das estratégias pensadas pelo governo é a criação de um programa de transferência de renda chamado Bolsa Verde. Ele pagará, a cada trimestre, R$300 por família que preserve florestas nacionais, reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável. De acordo com um estudo feito pelo Planalto, das 16,2 milhões de pessoas que vivem em situação de extrema pobreza, 47% estão na área rural.
“Acreditamos que com ações como assistência técnica, de fomento, acesso à água e energia e distribuição de sementes conseguiremos garantir que essas famílias extremamente pobres no campo aumentem sua produção e renda”, disse a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, quem apresentou o programa.
A principal ferramenta do plano para atingir esses brasileiros será o Cadastro Único, que contém as informações sobre 20 milhões de famílias brasileiras beneficiadas por programas sociais. “Não é o pobre que está correndo atrás do Estado, mas o Estado indo aonde o pobre está”, afirmou a ministra.
Hoje, o governo estima que 800 mil famílias não estejam incorporadas ao Bolsa Família, que ainda é o principal programa de transferência de renda do país. O Brasil sem Miséria pretende ampliá-lo, modificando a regra que limita o número de filhos (até 15 anos) para o cálculo dos benefícios dos atuais 3 para 5 no total. Com a alteração, 1,3 milhão de crianças e adolescentes serão incluídos no Bolsa Família.
As famílias participantes do Bolsa Família ganham R$ 35 para cada filho. Hoje, são 15,7 milhões de beneficiados. Da população extremamente pobre, 40% têm até 14 anos. Além disso, em abril, o governo reajustou em 45% o valor do benefício pago às famílias com crianças nessa faixa etária.
Nenhum comentário:
Postar um comentário